2018 – Campinas – Brasil
Após a bem-sucedida temporada de Rios Des.Cobertos em São Paulo (Sesc Vila Mariana, Sesc Carmo e Sesc Pinheiros), o Estúdio Laborg recebeu o convite do Sesc para dar continuidade ao projeto e estender a pesquisa para o interior do estado, debruçando-se sobre as condições hidrográficas de três cidades integram a bacia do Médio Tietê: Piracicaba, Jundiaí e Campinas. Esses municípios fazem parte da chamada UGRHI 5 – PCJ, Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos que compreende as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Para elaborar as montagens foram identificadas necessidades de contextualização da hidrografia das cidades interioranas em sua relação com a bacia do Médio Tietê. Assim, foram produzidas duas maquetes: uma tratando de questões macro, incluindo toda a região do Médio Tietê; e outra, sobre a cidade em questão (para cada município foi desenvolvida uma maquete específica), em que os espectadores puderam conferir, avaliar e comparar a interface homem e ambiente em escala humana. Além disso, o público pôde saber mais sobre a bacia do PCJ e suas questões socioambientais por meio de outros elementos da instalação, como pranchas informativas com o conteúdo pesquisado, expedições de descobrimento dos rios encobertos e outras atividades complementares realizadas na própria unidade do Sesc.
A exposição foi montada no galpão multiuso da unidade, em que um ambiente expositivo foi especialmente construído com quatro ambientes: dois para as maquetes, um para os totens e pranchas expositivas e uma área para recepção de grupos e realização de dinâmicas. O espaço foi todo cenografado com mapas antigos e imagens panorâmicas de Campinas, feitas exclusivamente para a exposição. Os panoramas mostravam os contornos de relevo da cidade, que tem parte do território no Planalto Atlântico e parte na Depressão Periférica, o que condicionou a ocupação do município e ajuda a entender como os rios da cidade vão se juntar ao Tietê.
No processo de pesquisa foi localizado um levantamento aerofotogramétrico de Campinas feito em 1940. As imagens encontradas foram utilizadas para compor um mosaico inédito, em alta resolução, que permitiu que, comparado aos levantamentos atuais por satélites, o processo de ocupação, urbanização e uso do solo pudesse ser percebido. Com essas comparações ficam evidentes os processos de canalizações, retificações e alterações dos curso d’água da cidade.
Para finalizar, mapas históricos de Campinas foram descobertos na seção de mapas raros da Biblioteca Mário de Andrade. Esse material foi digitalizado e contribuiu para a percepção das mudanças ocorridas na cidade nas últimas décadas.
Abaixo mais imagens da exposição: